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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Poema de cinco segundos e nada mais


 
eu branca
eu parda
eu preta
eu amanda
eu branda
volátil
negra
nua
crua
corada
molhada
de olhos pardos
saturados
eu,
cristina
aurora
fernanda

 quase nada
de vez em quando
miranda
assustada
em linha torta
desalinhada
caminhava
indecisa
e vinha
branca
parda
preta
amanda
 
eu e mais nada.

sábado, 11 de maio de 2013

Deus me livre

Deus me livre dos virginianos,
amém.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Nem todos os pseudônimos são femininos


ANTES E DEPOIS

Desnorteado,
enevoado,
suscetível.
Centrado,
sóbrio,
ponderado.
Desinibido,
baderneiro,
confuso,
mal falado.
Tímido,
bem comportado,
arrependido.

M.D.





sexta-feira, 30 de novembro de 2012

In the middle of the night

 



Esse ensaio teve a duração de uma noite - de insônia - e as fotos que mais gostei não podem ser postadas aqui por falta de autorização. Uma pena.

when the lights go down some pray and others do light painting

 
 
 
 
 
 
 

domingo, 18 de novembro de 2012

Notícia de uma desaventura com um grupo de turistas japoneses em São Paulo. Fonte: Japanese Press


Um grupo de turistas japoneses foi abordado por dois mendigos na noite de ontem enquanto fotografava a Praça da Sé, centro da capital paulista. Munidos de suas câmeras fotográficas, tripés e bolsas com equipamentos anti-atômicos ainda não lançados no Brasil, os japoneses se aproximaram de um casal que dormia em frente à igreja a fim de pedirem para que tirassem uma foto do grupo. Assim que Hirokazu Koreeda entregou sua Nikon à moradora de rua, esta, após dois clicks, saiu correndo em direção ao Centro Cultural do Banco do Brasil e desceu a ladeira que conduz à 25 de Março.
Inconformados com a atitude dos indigentes, o responsável pela excursão ligou para a polícia a fim de registrar o ocorrido.
Infelizmente nem mesmo a polícia conseguiu encontrar o paradeiro dos ladrões. De volta ao Japão, o Senhor Koreeda concedeu uma entrevista ao Jornal  東京 ニュース (Tokio News) com o intuito de manifestar sua indignação. Ele disse: "Brasileiros não são confiáveis; pouco habituados à tecnologia, não são capazes de fotografar nem mesmo com a câmera no modo de operação automático. Além disso, são pessoas que nunca dizem não. Acham que podem improvisar, fazem as coisas de qualquer jeito e se não conseguem concluir suas tarefas simplesmente desaparecem sem deixar rastros. Com relação aos policiais brasileiros, ao invés de investigarem os fatos e encontrarem uma solução, lhe perguntam o que fazíamos naquele lugar e horário com equipamentos tão caros. Simplesmente não entendemos porque se comportam assim. Provavelmente porque os japoneses não são bem aceitos no Brasil.  Nunca mais volto a esse país".

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

To see or not to see

O projeto O corpo nu: a exposição da intimidade na fotografia contemporânea  é resultado de uma pesquisa desenvolvida no último ano de graduação em Artes Plásticas - habilitação em Fotografia - na Universidade do Estado de Minas Gerais. O trabalho teve a duração de um ano e consistiu em fotografar pessoas do meu convívio durante o banho. Assim, o foco da investigação foi o nu sob o viés da intimidade e o banho foi o recorte que privilegiei por ser uma prática habitual e difusa em nossa cultura. A proposta consistiu em expor essas imagens por meio de 35 monóculos fotográficos suspensos em um suporte preso ao teto da galeria e cuja estrutura se assemelha a um móbile. A utilização desse recurso deveu-se ao fato de que, diferentemente das fotografias em grande formato, que se impõem ao público, os monóculos devem ser vistos um a um, pressupondo curiosidade e esforço por parte do observador. Foi pensando em questões referentes à exibição do nu através da fotografia que surgiu o interesse por essa pesquisa. Já que o corpo pode ser apreendido e representado de várias maneiras, como a fotografia no campo da arte poderia abordar tal temática? Existiriam especificidades, recorrências, lugares comuns, a partir dos quais abordar o corpo? É possível problematizar a exposição da intimidade em uma sociedade já tão saturada de imagens? Existiriam lugares privilegiados a partir dos quais problematizar o corpo através da fotografia? De maneira geral, estas foram algumas das questões que nortearam o eixo deste projeto e resultaram nessa proposta de exposição. Quatorze pessoas com idades variantes entre 23 e 70 anos participaram do projeto. Subdividi os fotografados em 3 grupos distintos: 1) pessoas com as quais eu tenho um vínculo solidamente estabelecido como marido, mãe e irmã; 2) pessoas com as quais eu tenho uma relação de afeto estabelecida mas que não compartilham dos mesmos espaços domésticos que eu, como alguns parentes e amigos muito próximos; 3)pessoas com quem, apesar da relação empática, eu tenho pouco contato, como é o caso de alguns colegas e professores. A captura se deu a partir de arquivo digital e todo o material foi posteriormente transformado em slides para serem exibidos nos monóculos. A primeira exposição da proposta foi realizada em dezembro de 2011 na galeria da Escola Guignard, UEMG e compôs um dos requisitos para a conclusão do curso de Artes Plásticas. Atualmente, esse trabalho encontra-se exposto no Museu de Artes de Ribeirão Preto após ter sido selecionado para o edital da 15ª Semana de Fotografia                                                                            http://www.mapadasartes.com.br/espacos.php?id=388&lid=1&pg=0&ncid=1025&
 
     Algumas das fotografias contidas nos monóculos
 
 
 
 
   
 
      Registro da exposição no Marp (de 28/09 a 28/10/2012)